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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Gestão de Frotas

Custos x qualidadecomo equilibrar esta balança?
Adoção de medidas como manutenção preventiva da frota e gerenciamento de gastos 
dão fôlego às transportadoras para baixar custos e manter o padrão no atendimento
De olho na competitividade, empresas de diversos setores buscam soluções para otimizar
 os custos de suas operações, sem comprometer o padrão de qualidade de seus produtos 
e serviços. No setor dos transportes não é diferente.
O mercado exige das transportadoras bom desempenho e frete baixo. No entanto, qualquer
 administrador sabe que, na maioria das vezes, a qualidade dos serviços pode estar associada
 a custos mais elevados. Então, quais as saídas para equilibrar esta balança?
Em busca de respostas, mais de 150 frotistas compareceram ao seminário Redução de Custos
 sem o Comprometimento da Qualidade, organizado pela Associação Nacional do Transporte 
de Cargas e
Logística (NTC), em maio, na cidade de Goiânia (GO).

Durante o encontro, Neuto Gonçalves dos Reis, assessor técnico da NTC, propôs diversas 
fórmulas para equacionar a questão. No entanto, antes de conhecê-las é preciso saber 
quais critérios definem a qualidade no transporte rodoviário de cargas.

Padrão no atendimento

De acordo com especialistas, o que diferencia uma transportadora no mercado é a atenção
 que dá a cada item que foi combinado com o cliente. O cumprimento dos prazos e a rapidez 
das entregas são
considerados os aspectos mais importantes desta transação comercial. Quanto mais 

organizada for a logística, mais fácil será satisfazer as necessidades do contratante e 
ganhar sua confiança. Nesta lista, a flexibilidade para atender as solicitações extras também 
é um item muito valorizado pelos clientes.
Outro critério determinante para o sucesso do transportador é a forma como o produto chega
 ao seu destino. A mercadoria deve estar intacta, sem avarias, acidentes ou desvios. Por isso,
 além dos cuidados com aquilo que será transportado, é indispensável a contratação de 
uma empresa que faça um bom gerenciamento dos riscos de cada operação, minimizando 
os desgastes para o transportador e para o cliente em caso de adversidades.
Finalmente, outro aspecto que deve ser levado em conta nesta análise são as facilidades
 proporcionadas pelos novos sistemas eletrônicos de comunicação em tempo real, pois a informação ágil e precisa a respeito de tudo o que ocorre com a carga é um recurso muito solicitado
atualmente por praticamente todos os contratantes regulares de serviços de transporte 

(Veja reportagem no link Parceiro Tim). Cada vez mais, as tecnologias estão permitindo que
 o cliente acompanhe do seu computador dados sobre a localização do veículo, minuto a
 minuto. “No transporte just in time, por exemplo, este nível de informação é muito importante”, 
salienta Neuto. “Em caso de atraso, a empresa terá como se planejar”, justifica.

Equilibre a balança

Diante dos itens destacados no quesito qualidade, o primeiro passo para minimizar as despesas, sem comprometer a qualidade, é atuar nas variáveis que determinam o custo do quilômetro rodado, a começar
pelo custo fixo mensal do caminhão.

Ao adotar práticas como o aumento da jornada do veículo, por exemplo, o transportador poderá reduzir substancialmente o custo fixo por tonelada. A estratégia é utilizar o mesmo caminhão em dois ou três turnos. “Embora haja necessidade de contar com mais de um motorista, o custo por tonelada cai quando se aplica esta estratégia”, relata Neuto. Ele acrescenta que, agindo desta forma, há empresas que rodam até 33 mil km/mês, no percurso São Paulo—Porto Alegre”. Com um único turno, o veículo consegue percorrer somente 10 mil km/mês na mesma rota”, argumenta o especialista.
O tempo gasto com a carga e descarga do veículo é outro fator que deve ser observado pelas transportadoras que desejam melhorar seus resultados. Quando as horas estipuladas para a realização destas
tarefas não são respeitadas, por deficiências do embarcador ou do destinatário, elas acabam pesando indiretamente – e de forma muito prejudicial – no orçamento do transportador.

Segundo estudos da NTC, a velocidade média registrada pelos caminhões nas estradas também deve ser analisada. Isto porque hoje se sabe que o uso de veículos
 capazes de manter maiores velocidades
médias durante todo o percurso também ajuda consideravelmente a reduzir os gastos gerais

 com a frota.
A elevação da capacidade de carga dos veículos é mais um caminho que tem sido seguido
 de forma sistemática por muitos frotistas como solução para reduzir o custo da tonelada
 transportada. Um exemplo
clássico desta tendência foi a evolução do caminhão toco para o truck, na década de 70.

 E depois do truck para os conjuntos formados por cavalos e semi-reboques, nas décadas
 de 80 e 90, e destes para os
bitrens nos últimos dez anos. Portanto, veículos com maior capacidade de carga permitem

 economizar horas do motorista, diminuindo a incidência de custos variáveis por tonelada.
 Acredita-se que o resultado é ainda melhor quando se usam rodotrens ou bitrens de 74 
toneladas (veja o gráfico). No entanto é preciso notar que a utilização
destes veículos ainda está sujeita à Autorização Especial de Trânsito (AET).

Quanto ao gerenciamento das finanças da empresa, o assessor aconselha avaliar o 
desempenho da transportadora pelo resultado financeiro – e não pelo volume de carga 
transportada. ”Se for preciso,
feche filiais e abandone linhas ou clientes deficitários”, diz Neuto.
Além destas diretrizes básicas existem outras medidas que podem ser adotadas, como
 o cálculo de valores cobrados nos fretes com base em planilhas, por exemplo. Procure 
informar-se também sobre
dados oferecidos pela NTC, no site www.ntc.org.br.
Outra dica que pode ser útil é verificar como as outras empresas do setor têm se saído
 na tarefa de equilibrar custos e manter a qualidade. Confira quais práticas têm surtido
 efeito positivo na Nortran – empresa de transporte coletivo urbano que opera 33 linhas
 na zona norte da
cidade de Porto Alegre (SC).

Resultados positivos
Todos os meses, a Nortran transporta mais de dois milhões de passageiros, em 
Porto Alegre. Visando manter o padrão no atendimento e ao mesmo tempo minimizar os
 gastos com os processos operacionais, a empresa adotou uma série de medidas que têm 
auxiliado nesta tarefa. Segundo Odairton dos Santos, gerente de manutenção da Nortran, 
o investimento constante na capacitação dos motoristas é uma delas. “A boa condução do 
veículo influi significativamente na redução das despesas”, diz ele. “Com os treinamentos
 conseguimos poupar combustível, pneus, peças e acessórios”.
Outra prática adotada pela Nortran é a manutenção preventiva da frota, composta por 
160 ônibus. A cada três mil km, eles são recolhidos e passam por uma vistoria completa, 
de acordo com as normas de qualidade da empresa, que possui o certificado ISO 9001.
Em parceria com a assistência técnica Pirelli, a Nortran também treina seus borracheiros e
 geometristas. Estes estão aptos para trabalhar com a máquina instalada na empresa para
 montar e desmontar os pneus, além das balanceadoras fixa (para os pneus traseiros e pneus
novos) e móvel (para os dianteiros).
Um sistema de gestão computadorizado avalia e controla as condições dos pneus, com rodízio
 a cada cinco mil km e calibragem com nitrogênio (110psi). Para Odairton, a escolha certa dos
 pneus contribuiu muito para a melhoria da performance da frota. “Utilizamos o MC85 e ele
 tem se comportado muito bem tanto nas estradas, com trechos mais exigentes, quanto nas 
linhas urbanas”, ressalta. “Todo este conjunto de medidas nos levaram a ter resultados
 positivos”, conclui.
Como baixar os custos sem perder a qualidade?
 Minimize o tempo de carga e descarga Aproveite melhor a capacidade do veículo 
 Administre o custo variável por quilômetro rodado Controle as despesas indiretas 
Aumente a velocidade média nas estradas usando motores
potentes
 Evite as viagens de retorno vazias Faça manutenção preventiva nos 
caminhões

Critérios que definem
a qualidade no setor
Cumprimento dos prazos de entrega, com rapidezConfiabilidade nos sistemas de
 logística adotados pela empresaFlexibilidade para atender solicitações inesperadas 
Segurança da mercadoria contra roubos e avariasNível de informação ao cliente
 (rastreamento)

Quer economizar?
Então oriente seu motorista
para que, ao dirigir:
 Evite arrancadas e freadas bruscas Acelere o veículo suavemente 
 Utilize o freio o mínimo possível Use o freio-motor nas descidas (marcha engrenada) 
 Reduza as trocas de marcha ao mínimo Evite dirigir em altas velocidades, pois isto aumenta a resistência aerodinâmica Dirija na faixa econômica (verde), de 1.500 a 2.000 rpm

Dicas para prolongar a
vida útil dos pneus

Comece escolhendo o tipo de pneu adequado para a sua aplicaçãoEvite as 
velocidades excessivasEvite partidas rápidas, derrapagens e travamento de rodas 
Tenha cuidado para não tocar as laterais dos pneus nas guiasMantenha os pneus 
sempre calibrados com a pressão corretaFaça o rodízio dos pneus para uniformizar o 
desgaste e detectar
cortes, rachaduras e sobrecargas
Alinhe os eixos do caminhão e faça o balanceamento
 dos pneus
periodicamente
Mantenha os freios reguladosEvite deixar os pneus desgastados nos
 eixos de tração e nos eixos
direcionais

Atitudes que ajudam a economizar
combustível
Planejamento de roteiros para entregas urbanas, de forma a evitar vias
congestionadas (mesmo com percurso maior)
Treinamento constante dos motoristas 
Adoção de sistemas eletrônicos de controleRelatórios mensais de consumo por veículo 
Convênios com postos de abastecimentoInstalação de bomba de combustível própria na 
transportadoraVerificação da cor da mistura ar-combustível. Fumaça preta, branca ou azul = 
desperdícioEscolha certa de motores (veículos mais modernos)Regulagem periódica do
 motorManter em ordem as válvulas termostáticas, para permitir que o motor funcione na
 temperatura idealFazer a manutenção do motor de acordo com as instruções do manual
 do veículoAjuste da bomba injetora e manutenção preventiva dos bicos injetores 
Alinhar os eixos dos semi-reboques no mínimo a cada 20 mil kmRealizar a manutenção 
adequada dos pneus


fonte

http://www.guiadotrc.com.br/truckinfo/Artigos/custoxqualidade.asp

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